1 de junho de 2019

Dzongsar Khyentse Rinpoche - A generosidade perfeita

Se formos medir a perfeição de um ato virtuoso, como a generosidade, por parâmetros materiais - quanto de pobreza foi eliminada -, nunca chegaremos à perfeição. A miséria e os desejos dos miseráveis nunca têm fim. Mesmo os desejos dos ricos nunca têm fim; na realidade, os desejos dos seres humanos jamais poderão ser plenamente satisfeitos.

De acordo com Sidarta, porém, a generosidade deve ser medida pelo grau de apego à coisa dada e ao eu que está dando. Ao perceber que o eu e tudo que ele possui é impermanente e desprovido de natureza verdadeira, nos desapegamos, e essa é a generosidade perfeita. Por isso, o primeiro ato que é recomendado nos sutras budistas é a prática da generosidade.

fonte: "O que faz você ser budista?", Ed. Pensamento, 2008. Tradução de Manoel Vidal.

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